DIVERTIDA MENTE
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Está
nos cinemas do Brasil o filme Divertida Mente. Uma produção da Pixar, que conta
a história de Riley, uma menina de 11 anos que muda-se de Minessota para San
Francisco. O que traz à tona uma série de mudanças e conflitos mentais em sua
vida. Que são guiadas por 5 emoções: a tristeza, a alegria, a nojinho, o medo e
a raiva. O filme é baseado na ideia original de Pete Docter, que também atuou
na área de direção dos filmes Up! Altas Aventuras e Monstros S.A.
O
filme é visualmente infantil, mas por traz de toda esta a aventura, Freud se
encontra nos mínimos detalhes. Não sou psicóloga, nem sei tudo sobre a
psicanálise, mas o pouco que sei me trouxe lembranças de Sigmund e fez com que
eu me apaixonasse por este incrível filme, que recomendo a todos, do mais
novinho ao mais velhinho.
Desde
o momento em que Riley, criança protagonista do filme, nasce, lembranças vão se
acumulando em seu subconsciente. As memórias bases, que são cinco, acabam
constituindo aspectos de sua personalidade, que são chamadas de Ilhas. Tem a
ilha da bobeira, família, honestidade, amizade e a do Rockey.
Estas
ilhas moldam Riley, e a guia no decorrer dos anos. Por um bom
tempo, a Alegria toma conta do pedaço, até que a família precisa mudar de uma
cidade para a outra. O que traz dificuldades para a adaptação da garota. Assim,
a Alegria fica mais em segundo plano, enquanto as outras emoções afloram na
garotinha.
Quem
nunca passou por isso, não é mesmo?! Dificuldades, mudanças aparecem a todo
momento em nossas vidas. Algumas vezes a raiva e a tristeza tornam-se únicas
alternativas. Depois com o tempo, mudança de idade, comportamento, visões e
emoções acabamos "crescendo mentalmente". Justamente por lidar com um turbilhão
de sentimentos e pela experiência que criamos para administra-los. Mas até chegar a este ponto muitas vezes temos
de passar por uma longa trajetória de assimilação; como Riley no longa passa.
Voltando
a história, a pequena menina começa a se perder em seus pensamentos, pois tem dificuldades
na escola com as amizades, com os pais, na casa, isto faz com uma confusão seja
instalada. E assim, dentro desta agitação, o filme adentra e aborda sobre o
funcionamento de sua mente e de quem a controla. A Alegria, obviamente, tenta
reinar a todo custo a mente de Riley.
Nós,
seres humanos, também somos assim. Procuramos, mesmo que no nosso
subconsciente, a felicidade a todo custo. Isto não é errado. Mas não podemos repreender
as outras emoções e devemos sim, deixa-la nos guiar. Elas são fundamentais para evoluirmos.
O
filme nos mostra isso. Que é importante que exista medo, que ele nós da
segurança. Que o Nojinho, não exageradamente, é feito para nos proteger. A
Raiva, não deixa que aconteça injustiças. E que a Tristeza ao mesmo tempo que
nos deixa muito vulneráveis, é ela quem faz repensarmos os nossos atos.
Assim,
Divertida Mente, nos propõe uma visão diferenciada. De que uma harmonia mental,
é aquela que equilibra principalmente, a tristeza e a alegria. Sem deletar uma
nem a outra.
Sem
mais spoilers, garanto que este filme é muito mais adulto do que infantil, e o
fará repensar os seus atos, de uma maneira oportuna e eficaz.
*CURIOSIDADE: Segundo o diretor Pete Docter, cada emoção é baseada em uma feição: Alegria em
uma estrela, Tristeza é uma lágrima, Raiva é um tijolo, Medo é um nervo exposto
e Nojinho é um brócolis.
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