VIAGEM: SÃO JOÃO BATISTA DO GLÓRIA – MINAS GERAIS

09:44:00


Que Minas é bom eu sei. Agora eu não sabia que era maravilhoso. Assim que visitei as suas belezas naturais me encantei por demais uai. Na viagem não fiquei em pontos centrais ou badalados, preferimos ficar em uma cidade pequena e ir atrás do lazer. 

Assim ficamos em São João Batista do Glória, à 16km de Passos e à 63 km de Capitólio.
A cidade é pequena, com 6.887 habitante, segundo os dados do IBGE, mas tem todo aquele jeitinho que só os mineiros possuem. A pousada escolhida foi a Cantinho de Minas, por meio do aplicativo Booking. 

Próxima a cidade, o local é mega acolhedor, com apenas um chalé. Total privacidade para quem se instala no local. Dentre as comodidades estava o café da manhã servido no horário desejado com uma vista incrível.



Fomos recebidos pela proprietária, Aline. Formada em Turismo, ela soube organizar um restaurante super gostoso em conjunto com a pousada. Em um breve ping-pong ela nos explicou um pouco mais do Cantinho de Minas.

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        Como foi a idealização da pousada?
      A idealização da pousada na verdade é um sonho antigo. Formei em 2004 em Turismo e fui para São Paulo por onde morei por 12 anos. Trabalhei 10 anos na parte administrativa/ financeira, porém sempre sonhando e idealizando como seria a pousada.
     O fato da minha família já ter o sítio e o restaurante funcionando facilitou muito a realização desse sonho. Estamos só começando a parte de hospedagem, mas estou muito feliz em ver a satisfação dos nossos hóspedes e ver que esse sonho está dando certo!
      Em breve quero iniciar as obras de outros chalés, e futuramente a piscina!

        Qual o preço da diária?
    O valor da diária é R$120 por pessoa, incluso o café da manhã (no capricho e bem  mineirinho). Crianças até 5 anos não pagam. De 6 a 12 anos pagam meia diária é acima de 12 anos o valor normal. Durante a semana costumamos fazer algumas promoções.

      Quantos e quais prêmios o local já ganhou?
     Prêmio na verdade o restaurante ganhou um, com o prato rango da roça. O prato é feito com a carne de lata, mandioca cozida, alface, tomate e cebola.
     O restaurante foi classificado 3 anos consecutivos pelo guia 4 rodas e já saímos na  Revista Prazeres Da Mesa, edição outubro/ 2017, também com uma reportagem da Carne de Lata. Por fim, a Bandeirantes veio até nós realizar uma reportagem.

       A Carne na Lata é famosa. Afinal, o que é a Carne na Lata, como é produzida e de onde surgiu a ideia?
     A Carne na Lata é uma antiga tradição da família. Na época dos meus avós e quando minha mãe ainda era adolescente, não existia geladeira, então usava-se a própria banha do porco para conservar a carne, que era guardada imersa na banha, dentro de latas de 18 litros (antigamente existiam latas de óleo de 18 litros, então reutilizava-se essas latas para guardar a carne).
    Hoje a carne é feita de forma artesanal, como era antigamente. Minha mãe prepara a carne, leva-se dois dias para preparar. No primeiro dia pica e tempera e no outro dia frita e coloca na banha.
      Como antigamente a carne era guardada na lata, por isso o nome, Carne na Lata! ***


No primeiro dia chegamos tarde depois de nos perder, pois o GPS nos colocou na Estrada da Pedreira do qual só víamos Jipe e Bugue subindo, pois esta estrada só é transitável para estes tipos de carro. No momento da perda, inclusive, encontramos um pessoal de Florianópolis que estava realizando a trilha.

Por volta das 14 horas chegamos a pousada, e após o check in, conseguimos visitar apenas a Cachoeira do Filó e irmos até Furnas. Ela é linda, fica no máximo há uns 30 km de São João Batista do Glória, sendo sua entrada grátis.


Depois seguimos o trajeto e fomos em Furnas. Fomos em dois mirantes ver as comportas da Usina Hidrelétrica, que infelizmente não estavam abertas. Mas mesmo assim a vista é incrível. A noite fomos até o centro da cidade, que possui vários locais aconchegantes e simples. O centro bomba a noite, com muita música sertaneja e porções gigantes. Sim, algo que reparei desde a pousada é a fartura das porções.


No sábado nos organizamos melhor e após consultar a Aline fomos até o Vale do Céu. As estradas são totalmente mutáveis devido as chuvas que acontecem em janeiro. É recomendado que se você deseja ir até esses locais e o seu carro não for off-road, assim como o que fomos, que uma consulta prévia seja feita. Os proprietários das pousadas normalmente conseguem a informação se a estrada está ou não transitável.

Depois de mais ou menos 1h e meia percorrendo uma estrada de terra, com altos e baixos, chegamos ao Vale, que é simplesmente maravilhoso. A entrada para adulto é de R$40, sendo o almoço opcional com o adicional de R$40. O local tem 6 quedas de agua. O recanto é ecológico e cultural. A entrada é composta das maquinas e artefatos utilizados antigamente nas fazendas; além de fotografias dos bichos do Cerrado como o lobo guará e a ciriema. Já adentrando no local há a “Casa das Artes”, “Casa do Tempo”,  “Casa das Imaginárias” e um Templo de Meditação. 



No domingo, último dia de viagem, fomos a Capitólio. Antes mesmo de chegar a estrada já avistamos os famosos Canyons. Na estrada haviam vários carros e ônibus de excursão. Há 13 anos, quando eu ainda era criança, eu visitei o local, que era um paraíso perdido e sossegado. Hoje muita coisa mudou. A localidade começou a ficar muito famosa e assim atraiu mais turistas. Deste modo deixou de ser um local calmo, mas não menos bonito.

Nos foi recomendado ir ao Restaurante do Turvo (recebe este nome devido ao fato do rio próximo ter este mesmo nome), porém quando chegamos estava lotado, transbordando de gente e como nós estávamos afim de sossego, calmaria, almoçamos dentre de Capitólio, no Via Capitólio. A vista é linda e o preço acessível.

Depois pegamos a estrada de volta e paramos na Trilha do Sol. Diferente da Vale do Céu, este local é próximo a estrada, com acesso há 1km apenas. E este foi o melhor lugar que podíamos ter ido, com três cachoeiras (Cachoeira do Grito, Poço Dourado e Cachoeira no Limite), bem monitoradas e orientadas. A entrada era R$40. Para chegar até as cachoeiras uma trilha de 3km foi percorrida, sendo 1km de volta. Detalhe: os peixinhos vem até o seu pé.


  (assista em HD)

A viagem foi em busca de descanso, assim recomendo tais destinos para quem quer paz e, obvio, para quem ama água.

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