RESENHA: AQUARIUS

13:34:00




Aquarius, é um edifico, na praia de Boa Viagem (RE), que abriga Clara (Sônia Braga), como única moradora. Viúva de 65 anos que enfrenta o investimento de uma construtora que pretende comprar o prédio, sendo ela o único impedimento para uma "construção promissora". 

O filme aborda memórias e a passagem do tempo. Com uma bela produção de Emilie Lesclaux, Said Ben Said, Michel Merkt e coproduzido por Walter Salles.

O roteiro reveza entre a leveza bruta de diálogos e o suspense de sonhos angustiantes de Clara. Uma mulher, totalmente possível, com suas fraquezas e forças expostas. Já viúva e com os filhos criados, enxerga em seu apartamento não mais uma casa, e sim um lar, que transpassou pelas dores de um câncer e abraçou a inocência e felicidade de seus filhos quando pequenos. Memórias que jamais estão no mercado para cotação de preço.

Assim como livros velhos, móveis antigos, roupas rasgadas e cartas já desgastadas que você leitor tem e não se desfaz. Pois aguçam lembranças, que muitos vezes são o que apenas lhes restam. E por mais que hajam promessas de bons fins, por mais que as traças cheguem, que os cupins comam e que os olhares te estranhem, a sua resposta será sempre a favor das recordações. 

Se você tem boas lembranças entendera que este não é um filme sobre edifícios e sim de morada e pertencimento.


(Trailer: Aquarius)

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